Revezar não é sentar e dominar o trono da academia
Academia é aquele lugar onde a gente aprende que “revezar” pode ter mais interpretações do que uma redação do Enem. Pra alguns, significa usar a máquina intercalando séries. Pra outros, aparentemente, quer dizer: “vou sentar aqui, descansar, ocupar o espaço e você só olha”. O menino transformou o revezamento em sessão de cinema: ele treinava, fazia pausa, ficava sentado, e a colega só assistindo de camarote.
A cena é tão absurda que parece até reality show fitness. A pessoa pede pra revezar e, do nada, inventa uma regra própria: primeiro ele termina o campeonato olímpico de puxada de costas, depois talvez alguém possa usar. Parece aquele amigo que fala “vamos dividir a pizza” e depois devora sozinho metade dela.
No fim, a moça teve que colocar ordem e lembrar que academia não é trono, não é sofá da sala e muito menos cadeira cativa de estádio. Máquina de costas não é herança de família, é equipamento coletivo.