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Formado, frustrado e falido: o triple crown do brasileiro médio

Formado, frustrado e falido: o triple crown do brasileiro médio

No Brasil, estudar é importante, mas sobreviver ao mercado de trabalho é quase um esporte olímpico. A galera sai da faculdade cheia de esperança, currículo lotado e… três dígitos no saldo negativo. A realidade bate com tanta força que nem pós-graduação em resiliência resolve.

No fim, o que mais se acumula não é salário, é boletim de cobrança e experiência em responder “processo seletivo pausado”. Enquanto isso, o coach no Instagram jura que o segredo é acordar às 5 da manhã e tomar banho gelado. Tá bom, campeão, vou ali parcelar o gás e já volto.

Não tem nada pra comer, só o básico de um rodízio

Não tem nada pra comer, só o básico de um rodízio

Todo brasileiro já viveu esse momento dramático: abre a geladeira, sai aquele vento ártico, dois limões murchos, um pote de sorvete com feijão e a ilusão de um Danone. Mas mesmo assim, cinco minutos depois, a gente aparece igual esse leão aí: com a barriga estufada, dizendo que não tinha nada pra comer — depois de um prato com arroz, ovo, farofa, lasca de presunto vencido e, por algum motivo, um pedaço de panetone de 2022.

A conclusão? Não tinha nada pra comer… só o suficiente pra fingir que não almoçou, lanchar quatro vezes e ainda fazer um “jantar leve” com pizza de ontem.

Todo mundo no mesmo barco… só muda o casco, o conforto e o salário

Todo mundo no mesmo barco… só muda o casco, o conforto e o salário

A frase “estamos todos no mesmo barco” virou o novo “fica tranquilo que mês que vem melhora”. Enquanto o patrão tá ancorado num iate que parece cenário de filme da Marvel, a gente tá remando numa canoa que já se aposentou e voltou só por dó.

O Wi-Fi no barco dele alcança até o mar do Caribe. No nosso, o sinal cai se alguém espirrar mais forte. Ele toma espumante na proa, a gente toma chuva na cara. E quando o mar revolta, ele liga o motor turbo. Já a gente reza pra um peixe empurrar.

Mas é isso, né? Todo mundo no mesmo barco… uns com jet ski, outros com o balde tirando água.

Volta, infância! Prometo que nem vou reclamar do Bom Dia & Cia

Volta, infância! Prometo que nem vou reclamar do Bom Dia & Cia

A infância era uma versão beta da felicidade, sem boleto, sem chefe no grupo do WhatsApp e com energia infinita pra correr até a rua gritar “CARROOO!”. Era o tempo em que você tinha uma única preocupação real: quem ia ser o próximo a soprar a fita do videogame.

A TV de tubo mandava mais na casa que os pais. Pipoca com Nescau, chinelo com meia, ventilador barulhento e uma lista de desenhos que faziam mais sentido do que as metas da vida adulta. A única guerra era entre quem ia sentar mais perto da tela e quem ia no meio do cobertor.

A geração que achava que a maior decepção da vida seria o episódio repetido de “Caverna do Dragão” hoje sabe que a verdadeira tristeza é abrir o app do banco no dia 5.

Quando inventaram o dinheiro e destruíram a folga pré-histórica

Quando inventaram o dinheiro e destruíram a folga pré-histórica

Antes era tudo mato — literalmente. Ninguém precisava de senha de banco, nem de currículo no Canva. A vida era simples: acordava, caçava um javali, comia com a mão e voltava pra caverna pra cochilar perto da fogueira. A única “meta do mês” era não virar lanche de tigre-dente-de-sabre.

Mas aí alguém teve a genial (e maldita) ideia de inventar o dinheiro. Do nada, os homo sapiens estavam fazendo networking em volta da fogueira, trocando osso por pedrinha brilhante, abrindo MEI com sangue de antílope, e lançando a primeira startup: “PedraPay, sua fintech de troca de machado”.

E foi assim que começou a maldição que atravessou os milênios até hoje: trabalhar pra viver… e viver cansado. E tudo porque alguém achou que bater pedra pra fazer faísca era pouco e resolveu criar uma economia.

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