O brasileiro tem uma característica peculiar quando se trata de resolver dúvidas: uma mistura de paciência com um toque de malícia. Não importa se a pergunta foi clara ou se o assunto está um pouco enrolado; sempre há um jeito bem “nós mesmo” de lidar com a situação. E isso fica bem evidente no jeito como muitas vezes a gente responde quando pedem explicação para algo que deveria ser óbvio.
Quem nunca jogou aquela resposta “sutil”, que basicamente significa “se vira”, e sentiu uma pequena satisfação ao ver a confusão do outro lado? Afinal, repetir a mesma explicação infinitas vezes não faz parte do pacote. Ou a pessoa entende ou… que faça mais um esforço. O clássico do “fica relembrando até o cérebro aceitar” é quase uma filosofia de vida, um teste de paciência e determinação.
Se a vida fosse um grande jogo de quebra-cabeças, alguns de nós preferiríamos deixar algumas peças faltando só para ver a galera se matando pra entender a imagem completa. E a cada pedido de explicação que vem, a única resposta é “vai tentando que uma hora vai”. A sabedoria está em deixar o outro descobrir por conta própria, né?