A arte milenar do “fala que tá orgulhoso” — direto da Universidade Federal do Zap

A arte milenar do “fala que tá orgulhoso” — direto da Universidade Federal do Zap

No Brasil, existe um tipo de especialista que não fez psicologia, não leu Freud, nunca foi num divã, mas se considera um verdadeiro mestre das emoções humanas: o coach de zap. Esse ser místico aparece do nada, geralmente com uma foto de perfil séria, e sempre começa com um “kkkk” antes de soltar a maior análise comportamental que você já viu na vida.

Segundo esses gênios das relações humanas, todo problema afetivo pode ser resolvido com uma frase mágica, tipo “fala que tá orgulhoso”. Esquece terapia, esquece afeto genuíno, esquece vínculo emocional — a dica de ouro tá no grupo da faculdade às 5 da tarde.

A lógica é simples (e completamente sem noção): se a pessoa tem carência afetiva, você joga um “parabéns, tô orgulhoso de você” e pronto, desbloqueia o modo chiclete versão premium. É quase uma ciência exata da manipulação emocional baseada em emojis e figurinhas.

Mas o mais brasileiro nisso tudo é a confiança. O sujeito não só dá o conselho, como garante o resultado: “fica vendo”. É o fica vendo com a mesma segurança de quem diz “confia” antes de fazer algo completamente questionável.

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