Essa imagem é praticamente o Enem da selva: um único teste pra todo mundo, sem choro nem vela. Pouco importa se você nasceu pra nadar, latir, voar ou só existir em paz dentro de um aquário. O sistema educacional (e social) brasileiro muitas vezes é exatamente assim: ignora totalmente as diferenças e joga todo mundo no mesmo barranco, pedindo pra escalar com um cronômetro na mão e zero empatia no coração.
A metáfora é clara, mas o Brasil faz parecer que é literal. Vai dizer que você nunca viu alguém cobrando matemática de um artista, ou pedindo pra um peixe “ser mais participativo nas aulas de educação física”? É o famoso “se vira”, mas com um leve toque de absurdo institucionalizado.
Enquanto uns nascem com cauda preênsil, outros mal têm perna. E o avaliador? De terno, provavelmente concursado, ignorando qualquer sinal de bom senso e aplicando a mesma prova desde 1822. A mensagem é simples, mas o Brasil é mestre em ignorá-la: igualdade não é tratar todo mundo igual. É dar a cada um as condições certas pra mostrar do que é capaz — e não fazer o peixe se sentir burro por não saber subir em árvore.