Tem gente que acorda e escolhe o caos. Outras acordam, escolhem o caos, e ainda postam nos stories com filtro triste e música da Lana Del Rey. Mas existe um grupo especial, digno de estudo pelo IBGE: os que têm todos os dias ruins, mas com um talento digno de Oscar para convencer que “dessa vez é sério”. E sempre tem um alma caridosa na outra ponta do Wi-Fi que vira terapeuta não-remunerado, psicólogo de plantão, e às vezes até Uber emocional.
No fundo, é um ciclo de afeto, carência e paciência que só o brasileiro entende. Porque aqui a gente não quer saber se o drama é real, a gente quer saber se vai ter textão ou não. E tem gente que alimenta essa máquina emocional só pra garantir o “oi, bebê” diário. É quase um namoro por assinatura, só que sem benefícios — exceto o privilégio de participar da mesma novela todos os dias.