Todo profissional precisa começar de algum lugar. Uns treinam no papel, outros na prática. E quando o assunto é pedreiro, o primeiro muro é quase um rito de passagem. Não importa se ficou torto, se caiu ou se parecia mais uma escultura abstrata do que uma estrutura funcional. O importante é a tentativa, o esforço… e, claro, o trauma.
Imagine a cena: o jovem aspirante à construção civil, empolgado, tijolo por tijolo, levantando seu primeiro muro. Terminou o serviço com um sorriso no rosto, bateu a poeira das mãos e pensou: “É isso! Nasci pra isso.” Mal sabia ele que o universo tinha outros planos. A gravidade, sempre ela, resolveu testar a firmeza do projeto. Spoiler: não passou no teste.
O muro foi abaixo. Mas não caiu de qualquer jeito. Ele decidiu ter um alvo. E o escolhido? O cachorro da casa. O pobre coitado que só queria um lugarzinho na sombra agora fazia parte do boletim de ocorrências da obra. Trágico? Sim. Cômico? Também. Porque no Brasil, até o drama vem com risada no fundo.
E a lição? Na engenharia da vida, às vezes o reboco é fino, mas o tombo é grosso. E antes de fazer o segundo muro, talvez seja bom garantir que o cachorro esteja no andar de cima — ou, pelo menos, com capacete.