A saga da coca morna e a geladeira motorizada

A saga da coca morna e a geladeira motorizada

Avaliação de cliente brasileiro é sempre uma obra-prima do entretenimento. O sujeito pede uma Coca-Cola no calor de Campo Grande, recebe o refrigerante morno e já imagina que o motoboy deveria chegar pilotando uma moto equipada com freezer frost free. O comentário é seco, mas a resposta do restaurante foi digna de stand-up: “vou ver se dá pra amarrar uma geladeira na garupa”. É nesse nível de sinceridade que o comércio brasileiro sobrevive ao verão de 32 graus.

A verdade é que, em certas cidades, a bebida já sai suando da garrafa só de olhar para o sol. Não existe isopor, gelo ou fé que segure a temperatura. No fim das contas, o cliente ainda deu 4 estrelas, porque brasileiro critica, mas não destrói completamente o rolê gastronômico. Afinal, ninguém quer atrapalhar a chance de um refrigerante geladinho da próxima vez.

Se inventarem delivery com ar-condicionado acoplado, Campo Grande vai ser a capital mundial da felicidade gaseificada.

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