O julgamento injusto do pum alheio

O julgamento injusto do pum alheio

A vida tem dessas injustiças sonoras que marcam a reputação de uma pessoa. Você pode passar anos construindo uma imagem séria, educada, quase refinada, mas basta estar no raio de alcance de um pum aleatório que sua biografia inteira é reescrita na mente dos outros. O pior é que a física não ajuda: o som viaja, ecoa, rebate nas paredes e sempre cai no colo do inocente mais próximo. A verdadeira lei de Murphy dos gases.

E ainda existe o julgamento social: se vem de alguém bem arrumado, de salto ou terno, parece que automaticamente ganha um passe livre, tipo “ah, não foi ela, impossível”. Agora, se a vítima é a pessoa distraída do lado, pronto: vira o culpado oficial. E ninguém aceita testemunho em casos de pum, porque todo mundo quer resolver o mistério rápido. Resultado: um inocente pagando penitência por uma flatulência alheia.

No fim das contas, pum é como fake news: não importa a origem, o estrago sempre cai em quem não tem nada a ver.

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