A internet é realmente um lugar mágico: alguém fala que zerou um jogo e imediatamente surge um PhD em problematização digital pra transformar o simples ato de apertar botão em tese de doutorado. O sujeito mal termina de derrotar o último chefão e já tem gente analisando se o machado do Kratos representa a masculinidade tóxica ou se a barba dele deveria ter mais diversidade capilar. É como se não bastasse zerar o jogo, agora também precisa zerar as pautas sociais, os debates filosóficos e, quem sabe, até o dicionário de sinônimos.
E a melhor parte é que nunca falta quem cobre inclusão até em mitologia nórdica. Como se Odin fosse abrir uma assembleia no Valhalla e dizer: “gente, precisamos de representatividade na próxima saga”. A internet não perdoa: até no meio do apocalipse mitológico, alguém ainda vai reclamar que Thor não usou pronomes neutros.
No fim, a lição é clara: não importa o jogo, sempre vai ter um “boss final” que se chama comentário alheio.