Eleição e carnaval: dois momentos em que a confusão é garantida. De um lado, o avô que não reconhece a própria neta e solta elogio para a mesária, como se tivesse descoberto uma sósia perdida no cartório eleitoral. De outro, o pai que vai fantasiado pro bloco e é confundido com mendigo, a ponto da própria filha quase pedir esmola de vergonha alheia.
O Brasil é o único país onde a urna eletrônica pode virar teste de visão para idosos, e o carnaval pode virar teste de paciência para herdeiros. A lição é clara: nunca subestime o poder do disfarce. Um batom diferente já engana o vô, e uma barba mal feita transforma o pai em NPC de esquina.
No fim, essas histórias só provam que brasileiro não precisa de roteiro de comédia. Basta um bloquinho, uma fantasia improvisada ou um simples título de eleitor para garantir uma confusão que faria qualquer roteirista de sitcom pedir arrego.