O ciúme no Brasil já deixou de ser sentimento e virou profissão. Tem gente que não precisa de detetive particular — basta um cartaz de “procura-se” e a vizinhança inteira vira central de monitoramento. O amor moderno é cheio de tecnologia, mas também de criatividade duvidosa. A pessoa diz que é só preocupação, mas no fundo está transformando o bairro num episódio ao vivo de “Onde Está o Mozão?”.
E o melhor é a justificativa: não é ciúmes, é “zelo”. Só que o zelo vem com mapa, rede de informantes e até foto exclusiva do barzinho. Enquanto uns perdem o namorado, outros ganham um serviço de localização gratuito. O problema é que daqui a pouco o IBGE vai começar a coletar dados de relacionamento, porque o nível de vigilância tá virando estatística nacional.
O amor é lindo, mas com esse tipo de dedicação, até o Google Maps fica com inveja.