O brasileiro não inventou o amor, mas com certeza aprimorou a arte de mandar indireta com classe e rancor poético. A conversa da imagem é praticamente um manifesto contemporâneo contra os “ex arrependidos”: uma sigla que deveria estar estampada em camisetas, canecas e placas de trânsito emocional. “V.P.Q.V.S.F.S.B.P.S.” soa até elegante, mas o significado é puro suco de sofrimento superado.
É impressionante como o “te amo, te quero, te vivo” perde o poder quando o outro já tá vacinado com doses reforçadas de autoestima. O retorno triunfal do ex sempre vem tarde demais — tipo promoção que acabou ontem. A saudade bate, mas quem já virou página tá lendo outro livro, tomando café e sorrindo.
Essa sigla devia entrar no dicionário ao lado de “resiliência” e “superação”. Porque, no fim, o verdadeiro diploma da vida amorosa brasileira é saber responder um “oi” com uma aula de maturidade passiva-agressiva.