Do toque polifônico ao silêncio existencial

Do toque polifônico ao silêncio existencial

Sim, houve uma época em que a gente gastava dinheiro real pra ouvir um toque de celular que parecia uma flauta feita com latinhas. Era o auge da tecnologia: “Crazy Frog”, “Asa Branca versão MIDI” e aquele toque do Nokia que soava como trilha sonora da vida moderna. Ter um toque personalizado era um símbolo de status. Se o seu celular tocava e era música da moda, você era basicamente um DJ portátil.

Hoje? Silêncio absoluto. O celular vibra e já dá ansiedade. O toque virou lembrança e o modo silencioso virou estilo de vida. A evolução foi clara: de “olha meu toque novo” pra “quem é esse número desconhecido e por que tá me ligando?”.

A geração que esperava o toque pra correr atender agora foge da ligação como quem foge de boleto. O progresso é real — e o trauma de ouvir o telefone tocar também.

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