
Nada é mais brasileiro do que a eterna batalha entre a tecnologia moderna e o ceticismo paterno. Enquanto o mundo celebra a revolução da air fryer, o pai médio ainda acha que aquilo é pura bruxaria patrocinada pela indústria do vento. “Frita sem óleo? Só se for milagre!” — pensa ele, enquanto defende o óleo de soja como se fosse patrimônio histórico da culinária nacional. Porque, convenhamos, pra essa geração, se não tiver uma panela estourando no fogão e um cheiro de fritura que impregna até na alma, não tá pronto.
A air fryer pode até prometer saúde, praticidade e menos gordura, mas nada vai superar o prazer do pai que olha pra frigideira e diz: “Agora sim, ficou crocante!” No fundo, a desconfiança não é com a máquina — é com a ideia de que algo pode ser bom sem fazer bagunça. Afinal, se frita com ar, o próximo passo é churrasco com pensamento positivo.






