
Não há laço mais forte do que o de quem treinou alguém no trabalho. É uma mistura de orgulho e desespero. Orgulho porque a novata finalmente está fazendo as tarefas sozinha, e desespero porque ela está fazendo tudo exatamente como você ensinou — ou seja, errado. Mas, como bom veterano, é impossível não defender. Afinal, se ela errou, é sinal de que aprendeu direitinho com o mestre.
Treinar alguém é tipo ver um mini você surgindo: com os mesmos vícios, os mesmos “jeitinhos” e a mesma confiança em processos completamente improvisados. E quando a bomba estoura, lá está você, abraçando o caos e fingindo que foi só um mal-entendido. Porque admitir que o erro é da novata é o mesmo que admitir que o treinamento foi um tutorial de tragédia.
No fundo, é bonito ver a evolução. Você passa o bastão… e o erro junto.






