
Misturar núcleos de amizade é basicamente brincar de roleta russa emocional. É querer unir o pessoal da faculdade, que te viu desmaiado numa calçada às 4h da manhã, com o grupo do trabalho, que acha que você é uma pessoa responsável e organizada. Um simples churrasco vira uma bomba social prestes a explodir. Porque, convenhamos, cada grupo conhece uma versão diferente da gente — uma delas inclusive é quase um personagem fictício.
Existe o “você filósofo”, que debate sentido da vida com vinho barato; o “você fofoqueiro”, que analisa a vida alheia com precisão cirúrgica; e o “você zen”, que tenta convencer todo mundo que agora faz terapia e meditação. Juntar tudo isso em um mesmo ambiente é pedir pra alguém te desmascarar.
No fundo, o segredo da paz interior é tratar cada grupo como uma série diferente: temporadas separadas, enredos distintos e zero crossover.






