Senha forte? Só se for contra o próprio dono

Senha forte? Só se for contra o próprio dono

Nada representa melhor o espírito brasileiro do que achar que virou especialista em segurança digital porque misturou um “i” e um “l” na senha. É o tipo de confiança que faz o hacker desistir e o sistema operacional chorar. Essa senha é o equivalente tecnológico de trancar a porta, mas deixar a chave embaixo do tapete — só que com estilo. E o melhor é o orgulho da inovação: a pessoa cria uma sequência impossível de decifrar até pra ela mesma e depois passa o resto da vida clicando em “esqueci minha senha”. O verdadeiro paradoxo da era digital é esse: quanto mais segura a senha, menos chances do dono lembrar.

O mundo da cibersegurança agradece por essas mentes brilhantes, porque enquanto uns estudam criptografia, outros estão reinventando o caos com letras parecidas. É o famoso “hackeie-me se for capaz”, versão brasileira, onde a proteção não vem da tecnologia, mas da confusão visual. Se o golpe não vem de fora, vem da própria memória.

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