
Nada fere mais o ego humano do que pedir uma opinião sincera e receber exatamente isso. A pessoa só queria um elogio básico, um “ficou ótimo, amigo!”, mas a tecnologia decidiu dar uma resposta nível sincerômetro desbloqueado. É o risco de viver na era da inteligência artificial: a gente pede ajuda e ganha um diagnóstico emocional, estético e existencial tudo junto. O pior é que o comentário veio educado, com emoji sorridente — aquele mesmo que as mães usam quando estão prestes a dar um sermão. A moral da história é simples: nunca pergunte a um robô se a sua foto ficou boa. Ele não entende o conceito de “forçar um sorriso natural” ou “pose de quem acordou bonito por acaso”. Enquanto o ser humano busca autoestima, a IA busca coerência — e, sinceramente, ela tá certa. Às vezes o que falta não é filtro, é terapia.






