Quando o celular cai no rosto e a dignidade vai pro espaço

Quando o celular cai no rosto e a dignidade vai pro espaço

O brasileiro já nasceu com um talento natural para viver perigosamente, e a prova disso é o uso do celular deitado. Não existe treino militar que prepare alguém para o impacto de um smartphone caindo no próprio rosto — é uma dor que mistura física e emocional. O golpe vem do nada, te pega de surpresa e ainda deixa aquele hematoma que parece lembrança de um relacionamento abusivo com a tecnologia. É impressionante como um aparelho de 200 gramas consegue derrubar a autoestima de um adulto em dois segundos.

Mas o comentário do cara é o auge da genialidade brasileira: deixar o celular no modo avião pra, quando cair, ele voar. É exatamente esse tipo de raciocínio que faz o Brasil ser o país do improviso criativo. A gente pode não ter estabilidade econômica, mas tem estabilidade no humor. Porque no fundo, o brasileiro sabe que o perigo não é o celular cair — é cair com a tela virada pra baixo. Aí não tem modo avião que salve.

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