
Parece que a sabedoria das mães brasileiras nasceu pronta para virar Constituição. O clássico ensinamento sobre convites continua sendo um dos pilares da sobrevivência social: se você não foi chamado, a festa não era pra você. Simples, direto e altamente eficaz para evitar situações em que você aparece no lugar, não conhece ninguém, e ainda tem que inventar que “passou só pra dar um oi”. A filosofia materna já entendia que o ser humano, quando insiste onde não foi convidado, vira figurante de si mesmo. E honestamente, ninguém merece isso.
Mas o melhor é a regra de ouro do convite de última hora, também conhecido como convite-resto, convite-sobrou-uma-vaga, ou convite-“fulano desistiu, quer vir?”. Recusar é um ato de amor-próprio. Porque na prática, esse tipo de convite carrega a energia caótica de quem lembrou da sua existência às 19h para um rolê às 19h05. Aceitar isso é pedir pra virar motorista, fotógrafo, conselheiro emocional e ainda voltar pra casa com a sensação de que participou de algo que nem deveria ter acontecido. Mãe sabe. Mãe sempre sabe.






