Quando o quase namoro descobre que era só uma omissão bem planejada

Quando o quase namoro descobre que era só uma omissão bem planejada

Essa imagem é praticamente um curso intensivo de malandragem emocional com certificado vitalício. Ela resume aquele tipo de situação em que uma pessoa acha que está vivendo um quase namoro premium, enquanto a outra está operando no modo “plano básico sem contrato”. O brasileiro domina como ninguém essa arte de se esquivar de responsabilidades com uma lógica tão simples que chega a dar raiva. Tudo vira detalhe técnico, cláusula não lida, brecha emocional digna de advogado do caos. O famoso “ninguém combinou nada” elevado ao nível profissional.

O mais engraçado é perceber como a matemática sentimental falha nessas horas. Um ano de envolvimento vira apenas um estágio não remunerado, enquanto um relacionamento paralelo de quinze anos aparece como se fosse um item esquecido no porta-luvas. A imagem escancara o choque entre expectativa e realidade, aquele momento em que a ficha cai com força suficiente para fazer barulho. É quase um estudo sociológico sobre comunicação seletiva, onde a culpa nunca é de quem escondeu, mas de quem não perguntou. No fundo, fica a lição amarga e engraçada ao mesmo tempo: no Brasil, se não houver ata, assinatura e reconhecimento em cartório, o vínculo simplesmente não existe. É rir para não chorar e salvar o print para lembrar que confiar demais também dá trabalho.

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