Havia um homem chamado Carlos que vivia em uma pequena cidade chamada Risonópolis. Carlos era conhecido por sua personalidade amigável e senso de humor contagiante. No entanto, um dia algo muito estranho aconteceu: as pessoas começaram a tratá-lo como se ele fosse um deus!
Tudo começou quando Carlos decidiu plantar algumas flores em seu jardim. Ele estava conversando com seu vizinho, João, quando de repente uma das sementes de flor que ele estava segurando caiu no chão. Antes que ele pudesse se abaixar para pegá-la, a semente milagrosamente brotou e se transformou em uma bela flor. João e Carlos olharam um para o outro, perplexos.
“Carlos, você é um deus!” exclamou João.
Carlos riu e disse: “Não, não sou um deus, apenas tenho um toque mágico!”
Mas as notícias se espalharam rapidamente pela cidade, e em pouco tempo, todos estavam convencidos de que Carlos era um deus. As pessoas começaram a procurá-lo para resolver todos os seus problemas, desde curar doenças até melhorar suas colheitas.
Um dia, Maria, uma moradora da cidade, se aproximou de Carlos com uma sacola de batatas murchas. Ela disse: “Carlos, por favor, abençoe minhas batatas e faça-as ficarem frescas novamente!”
Carlos não queria desapontar Maria, então tocou nas batatas e disse: “Que a magia das batatas frescas esteja com você!”
Para sua surpresa, as batatas instantaneamente se tornaram frescas e crocantes. Maria ficou radiante e começou a elogiá-lo como o deus das batatas.
Logo, a fama de Carlos como um deus se espalhou para além de Risonópolis, e as pessoas de cidades vizinhas começaram a visitá-lo em busca de milagres. Ele se viu inundado de pedidos e teve que lidar com problemas cada vez mais estranhos. Uma mulher queria que ele abençoasse sua torradeira para que sempre tostasse o pão no ponto certo, e um fazendeiro queria que ele abençoasse sua galinha para que ela botasse ovos de ouro.
Carlos começou a perceber que ser tratado como um deus não era tão divertido quanto parecia. Ele só queria ser um homem comum comum com seu jardim de flores mágicas. Ele teve uma ideia.
Na próxima vez que alguém o abordou com um pedido absurdo, Carlos disse: “Peço desculpas, mas meu poder mágico está em modo de economia de energia hoje. Talvez tente pedir à deusa do eletrodoméstico ou ao deus das galinhas.”
As pessoas começaram a perceber que Carlos não era realmente um deus, apenas alguém com um senso de humor peculiar. A cidade voltou ao normal, e todos riram da ideia de ter um “deus” tão peculiar como vizinho.
E assim, Carlos voltou a ser apenas o homem amigável com um toque mágico em seu jardim, e todos viveram felizes para sempre, rindo das aventuras de quando todos acreditaram que ele era um deus.