O dilema das padarias e seus horários precisos

O dilema das padarias e seus horários precisos

Ah, o dilema das padarias e seus horários precisos! Imagina a cena: você acorda cedinho, ainda meio sonolento, mas com aquele desejo incontrolável por um pãozinho fresco. O horário? 5h59. A padaria? Aparentemente aberta, com portas escancaradas, gente no caixa, o cheirinho de pão recém-assado invadindo suas narinas. “É agora”, você pensa.

Mas não, não é agora. Você, cidadão ansioso por um café da manhã digno, é gentilmente convidado a se retirar porque, veja bem, o relógio ainda não marcou 6h. É quase como se um minuto fosse uma eternidade, uma barreira intransponível entre você e sua felicidade matinal. Com um suspiro de frustração, você sai. E então, finalmente, o milagre acontece: o relógio marca 6h.

Nesse exato segundo, você se vê numa cena digna de comédia. O mesmo funcionário que te expulsou com precisão cirúrgica agora, em um piscar de olhos, te convida a entrar. É como se um portal mágico se abrisse, um divisor de águas entre o “não pode” e o “agora sim”. O mais cômico é a expressão de seriedade do atendente, que segue à risca o protocolo de horários como um guardião do tempo.

No Brasil, esse tipo de situação é quase um rito de passagem. As regras são seguidas com um rigor que beira o absurdo, mas sempre com um toque de bom humor. Afinal, o que seria da nossa rotina sem essas pequenas contradições que tornam cada dia um pouco mais divertido? E lá vamos nós, entrando novamente na padaria, agora devidamente autorizados, prontos para enfrentar o resto do dia com um sorriso no rosto e um pãozinho na mão.

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