A arte de emprestar dinheiro para amigos é uma verdadeira encruzilhada emocional. De um lado, o castelo brilhante da amizade eterna, só que sem o seu dinheiro. Do outro, a tempestade da culpa e a possibilidade de ficar com seu suado dinheirinho, mas com uma amizade no limbo.
Emprestar dinheiro é quase como apostar na loteria, mas sem os comerciais felizes de vencedores. Se você ganha, pode até ser que o amigo pague de volta e a amizade continue firme. Mas se você perde, a chance de ver aquele dinheiro novamente é tão pequena quanto a probabilidade de um brasileiro não gostar de um churrasco.
Não emprestar, por outro lado, é garantir que suas finanças permaneçam intactas. Porém, cada encontro com o amigo pode virar um drama digno de novela das oito, com direito a olhares de desapontamento e silêncio constrangedor.
No fundo, é como escolher entre o samba e o pagode: os dois têm suas vantagens e desvantagens, mas uma coisa é certa, qualquer escolha vai dar o que falar. E a gente sabe, não há nada mais brasileiro do que transformar uma situação difícil em motivo para uma boa risada.