A percepção da idade

A percepção da idade

Ah, a percepção da idade! Um fenômeno curioso onde os 18 anos são o marco da “velhice” e os 99 anos são a nova juventude. No Brasil, essa matemática peculiar se revela em todas as esquinas e festas de aniversário. Ao completar 18 anos, o jovem ouve: “Tá ficando velho, hein?”, como se estivesse entrando na terceira idade. E isso porque, claro, a partir daí, tudo é ladeira abaixo: responsabilidades, boletos, e uma estranha atração por cuidar do jardim.

Por outro lado, quando se alcançam os 99 anos, o discurso muda completamente. “Ainda tá novo!” é o elogio padrão, como se um centenário fosse o novo 50. Talvez seja uma forma carinhosa de celebrar a vitalidade daqueles que chegam tão longe, ou talvez seja só o brasileiro sendo brasileiro, sempre otimista. Afinal, a juventude é um estado de espírito, certo? E quem precisa de cronologia quando se tem bom humor e disposição para contar histórias das décadas passadas?

Essa inversão de lógica só reforça a leveza com que encaramos a vida e a passagem do tempo. Porque, no final das contas, idade é só um número, e o importante mesmo é como nos sentimos. Então, para todos os jovens de 18 anos “envelhecendo” e os anciãos de 99 “rejuvenescendo”, uma mensagem: aproveitem a jornada, seja ela qual for, com muita risada e um toque de sabedoria brasileira.

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