Amizade no Brasil é um evento à parte. Enquanto em outros países os amigos são formais e discretos, aqui a regra é clara: se não tiver uma zoeira bem posicionada, nem vale a pena chamar de amigo. E nada, absolutamente nada, escapa desse contrato não verbal de alfinetadas gratuitas, nem mesmo um momento tão solene como planejar um casamento.
É impressionante como, para um brasileiro, a palavra “engatado” pode abrir portas para a criatividade ilimitada. Ao invés de responder de forma objetiva, a gente faz questão de deixar claro que, se o amor fosse um carro, talvez estivesse estacionado… na ladeira. E ainda dá aquela risada interna, pensando: *”Pelo menos vou entrar na lista de padrinhos pela sinceridade.”*
Se amizade fosse medida em termos de piadas ácidas e respostas na lata, a turma daqui já teria doutorado. Afinal, não basta ser amigo, tem que transformar uma pergunta simples em uma obra-prima do deboche.