O brasileiro é um especialista nato em negociação, mas há um subgênero nessa arte que merece destaque: o “financiamento gradativo”. Aqui, a lógica é simples, mas engenhosa: se o “cliente” não consegue os R$ 100 desejados, ele reconfigura sua abordagem, ajustando a meta para R$ 70, depois para R$ 50, e assim por diante, até encontrar um ponto de equilíbrio emocional e financeiro entre as partes envolvidas.
É quase um teste de resistência mental para a amizade: quem cede primeiro, o bolso do amigo ou a criatividade de quem pede? O importante é nunca desistir, porque, no Brasil, o lema é: “Quem não chora, não mameia (nem pega emprestado)”.