A expectativa de pedir iFood é sempre aquela: você imagina a pizza chegando quentinha, com aquele cheiro que já alimenta só de abrir a caixa. A realidade, no entanto, é cruel: o entregador erra o endereço e quem se dá bem é o vizinho. É quase uma versão moderna da parábola do filho pródigo, só que no lugar de bênçãos divinas, temos borda recheada de catupiry.
E vizinho com pizza na mão é igual criança com brinquedo novo: não devolve nem sob ameaça. Afinal, qual argumento convence alguém a entregar uma fatia já mordida? No máximo, ele solta um “foi mal, pensei que fosse pra mim” enquanto limpa a boca de molho de tomate.
No fundo, a lição é clara: a fome não perdoa ninguém. Você paga, o entregador se perde e o vizinho janta. É quase um novo tipo de assalto: sem arma, sem violência, só com a bênção do aplicativo e o destino.