Matemática do aluguel: o cálculo que só funciona na casa dos outros

Matemática do aluguel: o cálculo que só funciona na casa dos outros

Existe sempre aquela conta rápida que parece resolver todos os problemas da vida. “Se você guardar 5 reais por dia, em 50 anos terá um carro zero”. Maravilha, só esqueceram de avisar que nesses 50 anos o carro já vai estar custando o triplo. A matemática do aluguel segue o mesmo padrão: parece simples, mas na prática só dá vontade de pedir abrigo na casa da Laura. Afinal, enquanto uns sonham com consórcio, outros já estão calculando quantos pratos de arroz com feijão cabem em R$1.500.

A grande verdade é que no Brasil todo mundo já é formado em fazer conta mental: divide boleto, multiplica dívida, subtrai paciência e soma esperança. No fim, dá no mesmo — ou você paga aluguel, ou paga financiamento, ou paga terapia pra lidar com os dois. A real solução seria achar alguém disposto a oferecer hospedagem gratuita por 10 anos. Aí sim, investimento certeiro: zero juros, café incluso e ainda sobra pra pizza da sexta-feira.

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