Quando o karaokê vira show de horrores musicais

Quando o karaokê vira show de horrores musicais

Karaokê é sempre aquele território perigoso onde a autoconfiança bate forte e a vergonha alheia vira plateia. A pessoa sobe ao palco achando que vai ser a mistura de Beyoncé com Freddie Mercury, mas o resultado geralmente é mais próximo de um micro-ondas apitando junto com um gato miando.

O detalhe é que o cérebro insiste em sabotar: a letra que você sabia de cor até no chuveiro simplesmente desaparece, como se tivesse fugido correndo do telão. E quando tenta improvisar, a criatividade transforma a música em uma versão inédita que nem o compositor reconheceria. A plateia, claro, vira júri do “The Voice do Desespero”, onde ninguém vira a cadeira, mas todos viram os olhos. A desafinada então é o tempero final, porque não basta errar a letra, tem que cantar em outra galáxia musical. No fim, fica a lição: karaokê não é sobre talento, é sobre coragem — e a coragem, pelo menos, você teve de sobra.

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