A criança de três anos é, sem dúvida, o ser mais estratégico que existe. Ela não manipula — ela negocia emoções. O adulto usa planilha, o pequeno usa o poder do “eu te amo muito”. E o pior é que funciona. O moleque consegue o que quer sem levantar a voz, só com o jeitinho fofo e o argumento imbatível de que “amigos dividem”. É o famoso capitalismo emocional infantil: ele doa o presente, mas cobra o retorno em chocolate. Um pequeno gênio da diplomacia, treinando para ser político ou vendedor de pirulito com discurso de paz mundial.
Toda casa com criança é um MBA em persuasão. A criança aprende cedo que “não pode” é apenas o início da negociação. Enquanto o pai tenta impor autoridade, ela tá ali, fazendo lobby com o coração da mãe. E no final, todos perdem — menos o chocolate, que misteriosamente some.