A república das tias do futuro (e o condomínio dos homens solitários)

A república das tias do futuro

Parece até previsão sociológica com sabor de fofoca de grupo de WhatsApp, mas a teoria dessa postagem faz um sentido assustador – e hilário. A constatação de que muitas mulheres, ao invés de depender do tradicional “família cuida”, vão simplesmente fundar repúblicas da terceira idade com as amigas é quase poética. Um condomínio de velhinhas unidas, conversando, rindo, fazendo terapia coletiva espontânea e dividindo uma garrafa de vinho como se fosse um ritual sagrado. E tudo isso enquanto os homens, incapazes de mandar um áudio de 15 segundos explicando o que sentem, vão ficando cada vez mais isolados – vítimas da própria teimosia emocional.

A imagem ainda escancara o contraste cultural: enquanto as mulheres planejam um futuro acolhedor tipo “Golden Girls brasileiras”, os homens seguem firmes na filosofia do “não preciso de ninguém”. O roteiro está pronto há décadas, só faltava alguém escrever em voz alta. No fim das contas, parece que o apocalipse social da velhice já está encomendado, e ele virá em duas versões: a ala feminina com risadas, tapioca e roda de conversa, e a ala masculina com silêncio, saudade e muita teimosia acumulada.

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