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Meu marido, meu amor… e o verdadeiro amor: O Xbox

Meu marido, meu amor… e o verdadeiro amor: O Xbox

Existe um fenômeno curioso que acontece com muitos homens: o brilho nos olhos parece vir com garantia estendida e só é ativado quando eles estão segurando um videogame novo. É uma felicidade pura, limpa, genuína, quase infantil. A embalagem poderia até nem ter console dentro, bastava o barulhinho do plástico sendo rasgado para liberar dopamina suficiente pra iluminar a casa inteira. A foto do marido abraçando o Xbox tem a energia de alguém que acabou de descobrir o sentido da vida — e ele atende pelo nome de “gráficos em 4K”.

Já na foto ao lado, ao lado da esposa, o semblante dele muda completamente, como se tivesse acabado de lembrar das parcelas, do IPTU e do fato de que videogame não cozinha arroz. É quase um modo “economia de energia” emocional ativado. E o mais engraçado é que todo mundo que vê reconhece o padrão — porque a rivalidade silenciosa entre cônjuge e console é tão antiga quanto casamento e tomada de três pinos. No fundo, ninguém perde: ela ganha conteúdo pra rir, e ele ganha o Xbox… quer dizer, ganha amor, claro.

Árvore de natal do brasileiro: Decorada com Dorflex e movida a desespero

Árvore de natal do brasileiro: Decorada com Dorflex e movida a desespero

Se existe uma árvore de Natal que representa o verdadeiro espírito do brasileiro, é essa: feita de Dorflex. Porque, convenhamos, o Natal pode ser bonito, mas também é uma maratona olímpica de estresse, dor nas costas e vontade de sumir por uns dias. É parente perguntando da vida amorosa, é amigo oculto com presente de R$10 que parece praga, é pavê que ninguém aguenta mais ouvir piada. Essa árvore é a síntese da realidade — um monumento à dor de cabeça coletiva que a ceia de fim de ano proporciona. Tem gente que monta presépio, tem gente que monta estratégia de sobrevivência.

E o mais genial é que ela está montada numa farmácia, o verdadeiro santuário do brasileiro moderno. Enquanto uns vão comprar remédio pra ressaca, outros estão ali refletindo sobre a vida entre um Dorflex e um Engov. O brilho da árvore até parece ironia: cintilante por fora, mas sustentada por uma pilha de analgésicos — tipo o brasileiro em dezembro. E que venham as festas, porque, pelo visto, a dor já tá garantida, mas o remédio também.

O cão que mordeu o bêbado e perdeu os direitos caninos temporariamente

O cão que mordeu o bêbado e perdeu os direitos caninos temporariamente

A vida dos cachorros de bairro é basicamente uma novela mexicana com trilha sonora de motos passando na rua. Um dia eles são os reis da calçada, no outro estão de castigo porque resolveram provar o sabor exótico de um bêbado voltando do bar. E o pior é que, no universo canino, isso deve ser tipo o equivalente a uma briga de bar: começa com latido, termina em confusão e alguém sempre acaba dormindo no quintal. O cãozinho da foto parece aquele amigo que foi “cancelado” no grupo — quer brincar, mas a reputação dele tá em observação por tempo indeterminado.

E é impossível não rir da situação, porque todo mundo conhece um cachorro que leva a vida como se fosse um delinquente de quatro patas. São eles que fazem a vizinhança ter emoção, correndo atrás de moto, latindo pra nada e metendo medo até em caminhão de lixo. No fundo, esses bichos são o reflexo perfeito do brasileiro: adoram uma confusão, não pensam duas vezes antes de se meter em problema, mas continuam sendo irresistivelmente carismáticos.

Quando o “olhar apaixonado” vem direto do além

Quando o olhar apaixonado vem direto do além

O amor moderno tá cada dia mais difícil de entender. A gente pede alguém que demonstre interesse, mas esquece de especificar que não precisa ser interesse espiritual pós-morte. O meme é praticamente um lembrete de que o romantismo de hoje anda tão carente que, se alguém te observar dormindo às três da manhã com o cabelo desgrenhado e o ronco em dó maior, já é quase um relacionamento sério. O problema é quando o “olhar de amor” vem direto do além. Aí não é paixão, é assombração mesmo.

E o pior é que tem gente que ainda diria “pelo menos alguém tá olhando pra mim”. O brasileiro é assim: transforma até terror em oportunidade afetiva. A criatura parece saída de um filme de exorcismo, mas em tempos de solidão digital, quem somos nós pra recusar atenção? Enquanto uns reclamam do ghosting, outros estão literalmente sendo observados por um fantasma. No fundo, o amor contemporâneo é isso — um misto de susto, carência e necessidade de postar no status.

Do orelhão ao trono: A verdadeira evolução das comunicações

Do orelhão ao trono: A verdadeira evolução das comunicações

A evolução da cabine telefônica é o retrato perfeito da humanidade moderna: saímos do “alô, quem fala?” para o “ninguém me incomoda, tô no trono”. Antes, o orelhão era o ponto de encontro das fofocas, das ligações a cobrar e das declarações de amor com eco. Hoje, o banheiro virou o QG da comunicação — é ali que o brasileiro resolve a vida, responde mensagem, manda áudio de cinco minutos e ainda paga boleto. A verdadeira revolução tecnológica não foi o smartphone, foi o Wi-Fi chegando até o vaso.

O mais engraçado é que o banheiro é o novo escritório, o novo confessionário e, por que não, a nova cabine telefônica. Se o orelhão tinha filas na calçada, agora as filas são na cabeça: quantas mensagens dá pra responder antes da descarga? É um avanço civilizatório duvidoso, mas eficiente. No fim, o futuro chegou — só não imaginávamos que viria com papel higiênico e tomada do lado da pia.

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