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Macarena: a cura emocional que Freud esqueceu de estudar

Macarena: a cura emocional que Freud esqueceu de estudar

Tem gente que cura o coração partido com terapia, outros com vinho, e alguns com a força inexplicável da Macarena. É quase um exorcismo emocional: impossível continuar triste quando começa o “Dale a tu cuerpo alegría, Macarena”. A lágrima seca sozinha, o trauma vira coreografia e, de repente, a vida faz mais sentido que qualquer sessão de coach. O motorista do Uber, sem saber, inventou uma nova forma de primeiros socorros emocionais: música de casamento dos anos 90. Psicólogos que me perdoem, mas talvez o verdadeiro segredo da felicidade esteja entre o refrão e o passinho errado que todo mundo faz. No fundo, o ser humano é simples — só precisa de um motivo pra rir da própria desgraça e um hit latino pra lembrar que nem todo drama merece trilha sonora triste.

O grupo da faculdade que parece um encontro de gerações patrocinado pelo desespero

O grupo da faculdade que parece um encontro de gerações patrocinado pelo desespero

Nada une mais gerações do que um trabalho em grupo na faculdade. De um lado, o senhor de 50 anos que já trabalhou em três empresas, tem experiência de vida e acha que PowerPoint é tecnologia de ponta. Do outro, o adolescente de 17 que faz tudo pelo celular, usa gírias que parecem outra língua e acha que “deadline” é só uma sugestão. E no meio, o estudante padrão: com sono, com ansiedade e sem vontade de lidar com nenhum dos dois.

Esse tipo de grupo é praticamente um encontro intergeracional patrocinado pelo caos. Um tem sabedoria, outro tem energia, e o terceiro tem Google. No fim, o resultado é sempre o mesmo: o de 50 quer fazer reunião presencial, o de 17 some no Discord e o intermediário acaba fazendo tudo. É a evolução natural do trabalho em grupo — do “vamos dividir as tarefas” ao “eu mando o PDF pronto”.

Faculdade é sobre aprender, sim. Mas o maior aprendizado é: nunca subestime o poder do aluno que sabe mexer no Canva.

28 anos: novo demais pra ser coroa, velho demais pra TikTok

28 anos: novo demais pra ser coroa, velho demais pra TikTok

Aos 28 anos, o brasileiro entra oficialmente na zona cinzenta da vida: jovem demais para reclamar da coluna em público, mas velho o suficiente para ser chamado de “coroa em potencial”. É aquela fase em que o metabolismo já está de aviso prévio, o fígado vive fazendo greve e, mesmo assim, aparece alguém dizendo que isso é “coisa boa”. A pessoa nem completou três décadas de existência e já tem fã de crush que gosta de “experiência”, “maturidade” e, principalmente, boletos pagos no próprio nome. A verdade é que 28 anos é o limbo social: para os adolescentes, você é praticamente do tempo que a TV era em preto e branco; para o pessoal de 40+, você ainda usa aparelho nos dentes da vida. A cada ano que passa, o brigadeiro no aniversário vai perdendo o granulado e ganhando mais responsabilidade. Mas se tem alguém disposto a elogiar sua carteira de habilitação vencendo antes que sua juventude, a gente agradece o carinho.

O pote de sorvete que expôs o golpe do Tupperware

O pote de sorvete que expôs o golpe do Tupperware

Comprar Tupperware é o verdadeiro ritual de passagem pra vida adulta. Antes você achava que ser adulto era pagar boletos e escolher sabão em pó, mas não — é gastar um rim num pote que vai sumir misteriosamente na casa de alguém depois de um churrasco. E o mais curioso é que o ser humano adulto paga caro por algo que o pote de sorvete faz de graça e ainda te dá a sobremesa junto. O pote de Tupperware é o primo metido a besta do pote de sorvete: cumpre a mesma função, mas cobra três vezes mais e não traz felicidade.

O problema é que depois dos 30, parece que o cérebro começa a valorizar tampa hermética mais do que terapia. É o capitalismo doméstico no seu auge: o mesmo povo que acha absurdo o preço do litro da gasolina aceita pagar R$80 num recipiente transparente.

A real é que o Tupperware não armazena comida — armazena o status de quem finalmente entendeu o que é envelhecer.

Spotify virou detector de ex: cada música, um gatilho emocional

Spotify virou detector de ex: cada música, um gatilho emocional

Essa nova atualização do Spotify é praticamente um detector de recaídas sentimentais. Você coloca uma música triste achando que vai sofrer em paz, e de repente aparece o nome da pessoa que te mandou a faixa lá em 2021. A tecnologia não quer mais que a gente siga em frente, ela quer entretenimento. E o entretenimento é o nosso constrangimento. Agora, ouvir uma música virou uma experiência de risco emocional: cada faixa pode vir acompanhada de lembranças, traumas e aquele “oi sumido” não respondido.

Essa função devia vir com um aviso: “Atenção, ouvir essa música pode despertar sentimentos que você fingiu superar”. É praticamente um exorcismo musical. E o pior é que nem dá pra curtir as batidas, porque a cabeça já começa a criar fanfic: “será que ele também tá ouvindo essa agora?”.

O diabo pode até ter medo, mas quem realmente vai surtar é o povo do coração mole e dedo nervoso no replay.

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