Manual do Traíra Honesto: Se pedir antes, não conta

Manual do Traíra Honesto: Se pedir antes, não conta

É sobre ter argumentos dignos de um advogado de porta de cadeia às 22h20 de uma sexta-feira. O cara não está só pedindo permissão pra trair, ele tá fazendo parecer um gesto romântico. “Não é traição, é logística emocional coletiva.” O cidadão reinventou o conceito de relacionamento aberto… unilateralmente. Se isso não é criatividade, eu não sei o que é.

E o melhor é o raciocínio lógico dele: se pedir antes, não vale como infração. Tipo “juiz, foi falta, mas eu avisei que ia dar o carrinho”. E o detalhe da hora do envio das mensagens? Parece criança pedindo pra dormir na casa do amiguinho, mas com intenções bem menos inocentes.

CLT ou PJ? Pra mim soa tudo como signo de ascendente mesmo

CLT ou PJ? Pra mim soa tudo como signo de ascendente mesmo

A geração que fala “gaslighting”, “cringe” e “aesthetic” tá pronta pra debater gênero fluido, mas não faz ideia do que é INSS. CLT pra essa galera parece nome de boy band dos anos 2000 e PJ é abreviação de Pijama.

É o famoso “bilingue em inglês, analfabeto em finanças”. E tá tudo bem, desde que alguém pague o boleto da terapia, do curso de autoconhecimento e da assinatura do Spotify.

Se perguntar de MEI então, corre o risco de ouvirem “MEI… você quer dizer ‘may’, tipo ‘maybe’ em inglês?”

Família, mercado e Uber: só faltou pedir pro motorista empurrar o carrinho também

Família, mercado e Uber: só faltou pedir pro motorista empurrar o carrinho também

O passageiro achou que tinha pedido um Uber, mas claramente selecionou a opção “micro-ônibus compartilhado com bagagem ilimitada”. Dois adultos, duas crianças e compras? Faltou só levar o cachorro e a avó com a cadeira de praia. O motorista abriu o app achando que era uma corrida, mas percebeu que era uma mudança disfarçada.

Nessa altura, o porta-malas virou o novo Tetris, e o motorista, um herói tentando manter a dignidade e a suspensão do carro. Nem o Waze traça rota pra esse tipo de missão. E no fim, todo mundo sai perdendo — menos o taxista da rua de baixo, que pegou essa corrida e ainda ganhou biscoito das crianças.

Homem bem resolvido que só quer novinha?

Homem bem resolvido que só quer novinha?

Tem homem que parece corretor de imóveis: só quer “lote novo”, mesmo com IPTU emocional vencido. O sujeito tem casa, carro, investimentos… mas parece que falta investir em maturidade emocional. Enquanto isso, mulher de 35+ é tipo vinho: encorpada, valiosa, cheia de história — mas ele insiste em tomar suquinho de caixinha achando que tá fazendo negócio.

A real é que muitas dessas “novinhas” que ele quer impressionar acham cringe quem ainda usa camisa polo pra balada. E, convenhamos, se autoestima fosse ação na bolsa, algumas estariam precisando de um day trade urgente.

Sinceridade nível hard: respondeu o formulário como quem joga currículo e carta de demissão ao mesmo tempo

Sinceridade nível hard: respondeu o formulário como quem joga currículo e carta de demissão ao mesmo tempo

Essa é a clássica resposta de quem já cansou de vender seu peixe com firula e PowerPoint. Nada de “sou proativa, resiliente e trabalho bem em equipe” — aqui é sinceridade crua, sem tempero gourmet. A candidata basicamente disse: “Você que lute pra me contratar, porque se não for agora, alguém mais esperto vai me levar”. É o tipo de confiança que não se ensina na faculdade, só se adquire depois de sobreviver a três empregos CLT, dois estágios sem vale-transporte e uma sociedade que insiste em pedir “mínimo de 5 anos de experiência” pra vaga de júnior.

RH deve ter lido isso com a mesma expressão de quem recebe um áudio de 7 minutos no WhatsApp: confuso, curioso, e no fim… convencido. Porque vamos ser honestos, se todo mundo entregasse o currículo com essa autoestima, o Brasil teria muito menos coach vendendo fórmula mágica no Instagram.

Essa resposta é tão direta que poderia ser tatuada na alma de todo profissional brasileiro que já ouviu a frase: “A gente te liga, tá?”. Spoiler: não ligaram. Mas essa aqui? Essa tá pronta pro desafio — e pra sentar na cadeira do chefe se bobear.

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