Coloco meu CPF em todas as notas do posto: o Robin Hood do cashback brasileiro

Coloco meu CPF em todas as notas do posto: o Robin Hood do cashback brasileiro

O brasileiro não tem limites. Quando a gente acha que viu de tudo, surge o mestre do “CPF na nota?” que responde mentalmente: “É claro que sim, bebê. E é o meu!” O sujeito já virou sócio oculto do posto, rei dos cupons, sultão do cashback, imperador do “Nota Paraná”.

A Receita Federal deve olhar o CPF dele e pensar: “Caramba, esse cara abastece mais que uma frota de ônibus interestaduais!” O indivíduo não tem carro, não tem moto, mas ganha promoção de troca de óleo até pra trator. Em breve vai acumular tantos pontos que vai poder trocar por uma refinaria da Petrobras.

E o melhor: a dúvida não é se isso é certo ou errado, é só um “será que dá problema?” — porque no Brasil, a gente só começa a se preocupar quando chega notificação no e-mail com o título “intimação”.

Pegou e foi embora: o verbo brasileiro que não faz nada, mas tá em todas

Pegou e foi embora: o verbo brasileiro que não faz nada, mas tá em todas

O português é aquela língua maravilhosa em que a gente fala, os gringos tentam entender… e desistem. E um dos maiores mistérios linguísticos da nossa pátria amada, Brasil, é o uso do verbo “pegar” como um curinga do idioma. Ele aparece do nada, não pega nada, não segura nada, não agarra ninguém… e some do mesmo jeito que veio.

“Pegou e foi embora.” — Mas pegou o quê, minha filha? Um Uber? Um ranço? Um resfriado? Um sentimento? Ou pegou só a decisão mesmo, sem levar nada, só pra dramatizar? O “pegou” na frase brasileira serve pra dar emoção, pra mostrar que o cara não foi embora qualquer coisa — ele foi embora com atitude, com intensidade, com alma de novela das 9.

No fundo, o verbo “pegar” nesse contexto é tipo o tempero da fofoca: não precisa estar ali, mas sem ele a frase perde o sabor. O português, meus amigos, não é só uma língua — é um quebra-cabeça narrativo onde às vezes a peça é só decorativa.

O pote diz margarina, mas o Brasil diz improviso

O pote diz margarina, mas o Brasil diz improviso

Abrir a geladeira e dar de cara com o vazio é um clássico brasileiro mais triste que final de novela das nove. Pior ainda é quando o único habitante da prateleira é um pote de margarina… que você sabe, no fundo da sua alma, que não tem margarina nenhuma lá dentro. Pode ser arroz, feijão, sabão em barra ou, com sorte, um restinho de água — mas margarina mesmo, nunca é.

Isso é o famoso “padrão BR de armazenamento”: onde a etiqueta diz uma coisa, o conteúdo é outra completamente aleatória. A geladeira tá vazia, a conta bancária também, mas o humor segue intacto. Sobrevivência aqui é na base da criatividade e da reciclagem de potes.

Encosta ali naquela nuvem e outros momentos em que o Brasil virou esquete aérea

Encosta ali naquela nuvem e outros momentos em que o Brasil virou esquete aérea

Existem perguntas que só o brasileiro consegue transformar em comédia instantânea. Por exemplo: “Como é ser enquadrado pela Força Aérea Brasileira?”. Parece o início de um documentário sério, mas vira uma esquete automática da Praça é Nossa versão Top Gun em cinco segundos. E o melhor: com os comentários mais criativos que o Planalto Central jamais sonhou.

A mente do brasileiro funciona assim — você fala “avião”, ele já tá imaginando o piloto ouvindo “encosta ali naquela nuvem” como se fosse uma blitz de domingo na quebrada. A Força Aérea não precisa nem de sirene: basta aquele sobrevoo em zigue-zague que já ativa o instinto de abaixar o vidro do jato e mostrar o documento da aeronave. Não tem como competir.

Porque aqui, até operação aérea tem jeitinho. Se você nunca pensou em um caça da FAB mandando “desliga o avião e desce com a mão na cabeça”, você não entendeu o espírito do humor nacional. Esquece Velozes e Furiosos. O que temos aqui é “Velozes e Federalizados”.

Sim, eu comi. Mas e o apoio emocional, cadê?

Sim, eu comi. Mas e o apoio emocional, cadê?

Existe um nível de injustiça que só quem já foi acusado de comer o que comeu entende. A pessoa não nega o crime, mas exige o direito ao drama. Porque não é só sobre os 7 pães — é sobre a falta de confiança, o julgamento precipitado, e principalmente, o fato de ninguém reconhecer o talento de devorar carboidratos em tempo recorde.

A real é que todo mundo tem um parente que “desaparece” com a comida e, mesmo que todo mundo saiba quem foi, sempre rola o teatro. A diferença é que, nesse caso, o artista assumiu a autoria, mas não abriu mão da posição de vítima. O choro é livre, mas o pão foi pago por alguém.

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