32 anos, 1 filho e 1 corretor que te expõe mais que ex ciumento

32 anos, 1 filho e 1 corretor que te expõe mais que ex ciumento

O corretor ortográfico já destruiu muita carreira, mas agora também tá entregando a intimidade alheia. Você só queria desabafar sobre um relacionamento enrolado há 5 anos, e o teclado decide que você está “cagada há 5 anos e com um filho”. A tecnologia não erra — ela humilha com requintes de crueldade. O drama virou comédia, e o desabafo foi parar direto no hall da fama do print brasileiro.

Internet não perdoa: se você tropeçar na digitação, vai ter alguém pronto pra te entregar papel higiênico nos comentários. E o pior é que todo mundo entende exatamente o que você quis dizer, mas prefere rir primeiro e interpretar depois. A era digital não tem dó: ou você escreve direito, ou vai virar meme com legenda em página de humor.

Chorei, gravei e postei: o drama só é real se render story

Chorei, gravei e postei: o drama só é real se render story

Postar story chorando é a nova modalidade olímpica da geração wi-fi. Envolve concentração, posicionamento de câmera, controle da lágrima e filtro que combine com a tristeza. Porque ninguém sofre com a cara borrada sem noção, tem que ter estética, iluminação baixa e trilha sonora dramática de fundo — de preferência, aquela do TikTok que já vem com piano e depressão incluídos.

A dúvida que não cala: a pessoa já tá chorando e pensa “calma, deixa eu buscar o ring light”? Ou será que é tudo no modo atriz da novela das seis, forçando a lágrima com cebola fora da câmera? E se não chora o suficiente, vale molhar o rosto com água da torneira e dizer que é “chuva interna”? O drama, hoje em dia, vem com edição e legenda. A tristeza precisa performar bem em 15 segundos ou perde engajamento. Vida moderna é isso aí: a dor só é válida se tem boa resolução.

Ciúmes nível hard: “Você não vai ter mais um celular” – O 5G chora em posição fetal

Ciúmes nível hard: “Você não vai ter mais um celular” – O 5G chora em posição fetal

Tem gente que confunde relacionamento com regime militar. A solução pro ciúme? Simples: confisca o celular e pronto! Nada de terapia, diálogo ou amadurecimento emocional — corta o Wi-Fi da raiz! É o famoso amor versão modo avião: não recebe, não envia, e ainda bloqueia o Bluetooth da dignidade.

No Brasil, onde até o sinal de 4G já nos abandona, agora temos que lidar com parceiro querendo implantar o “relacionamento offline”. O próximo passo é te entregar um tijolão da década de 90 com o Snake como única forma de entretenimento. E ainda achar romântico.

Se fosse amor, seria carinho. Mas isso aí é quase um plano de operadora: cheio de controle, pouca liberdade e no fim, ainda te cobram caro.

Nova desculpa desbloqueada: “energia hospitalar acumulada” – O Pica-Pau já respondeu por todos nós!

Nova desculpa desbloqueada: "energia hospitalar acumulada" – O Pica-Pau já respondeu por todos nós!

Tem gente que não sabe inventar desculpa… e decide criar uma mitologia inteira. Tipo essa pérola aí: “energia acumulada do hospital”. É quase um novo conceito de física quântica emocional. Deve ser tipo radiação sentimental — se encostar, pega.

A pessoa trabalha 12 horas seguidas, sobrevive ao caos, ao estresse, à falta de café e ainda recebe um “hoje não vou falar contigo porque tua vibe tá contaminada”. O Brasil é o único lugar onde você sai de um plantão exausto e ainda precisa passar por um filtro espiritual pra receber um “oi”.

E o melhor de tudo: ainda tem figurinha do Pica-Pau pra resumir o sentimento nacional… porque quando o argumento ultrapassa os limites da lógica, a única resposta possível é: BESTEIRA!

Quando o corretor diz “Te amo” e você já compra aliança: Ilusão 4G ativada

Quando o corretor diz “Te amo” e você já compra aliança: Ilusão 4G ativada

O corretor automático já destruiu mais corações do que ex mal resolvido. O “te amo” que vira “te esperando” é o novo “era só amizade”, e o brasileiro já até criou resistência emocional — tipo vacina contra esperança. A cada “foi o corretor”, nasce um novo romântico frustrado pronto pra ouvir Marília Mendonça debaixo do chuveiro.

E pior que a pessoa nem nega com firmeza, vem com aquele “kkkk desculpa” que fere mais que ghosting. A esperança é a última que morre, mas no Brasil ela já anda de bengala, tropeça no “KKKK” e cai no abismo da friendzone. O coração iludido por mensagem vive num campo minado onde o corretor é o general do caos.

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