Sair com um rapaz mão de vaca é como fazer uma viagem para o país da economia extrema. É aquele momento em que você percebe que a carteira dele tem um cadeado, as notas estão tão juntas que parecem até grudadas por um supercola invisível.
Ao decidir sair com esse tipo de pessoa, você já se prepara psicologicamente para uma aventura única. O cardápio do restaurante é como um mapa do tesouro: você procura ansiosamente por algo que possa se encaixar no orçamento restrito do acompanhante.
E não adianta tentar dar aquela olhadinha no lado do “luxo permitido” do menu, porque os olhos do mão de vaca já estão lá, fixos nas opções “combo de água grátis” ou “entrada de ar custo zero”.
Aí vem o momento do pagamento: uma batalha entre duas mentes, a sua querendo dividir igualmente e a dele fazendo cálculos matemáticos avançados para dividir a conta até o centavo.
E quando se fala em lazer, a coisa fica mais ou menos assim: “Vamos ao cinema?” – “Claro, tem alguma sessão que seja de graça?”. É uma verdadeira ginástica para encontrar programas que não coloquem em risco o saldo bancário do “Sr. Economia”.
Mas, no fim das contas (literalmente), sair com um mão de vaca é uma experiência de aprendizado financeiro. Você aprende a apreciar as coisas simples da vida, como um copo d’água no restaurante e, quem sabe, até a arte de montar um piquenique econômico no parque.