Começo do ano com dois milhões

Começo do ano com dois milhões

Ah, o início do ano, época de renovar esperanças e… descobrir que tem dois milhões depositados no banco?! Imagine só a surpresa dessa descoberta! Eu me senti mais surpreso que siri em rede de pescador.

Lá estava eu, conferindo os meus trocados no banco, quando, de repente, vejo o saldo da conta como se fosse a lista de convidados do bloco do Carnaval. Dois milhões ali, piscando para mim como se dissessem: “E aí, amigo, tô de passagem, vai um cafezinho aí?”.

Eu, que mal conseguia juntar dois dígitos na conta, me senti mais endinheirado que o Tio Patinhas em dia de saldão na caixa-forte. Passei a mão na testa, conferi de novo, pensei que fosse um erro do sistema bancário, mas não, era real como a vontade de tomar um açaí no calor do verão carioca.

Comecei a imaginar o que faria com essa quantia toda: uma viagem ao redor do mundo, um iate no Caribe, talvez até abrir uma fábrica de coxinhas tamanho família! Mas aí lembrei que, na verdade, eu era mais pão duro que o pato da Dona Margarida e mal gastava dez reais no almoço.

Fiquei ali, entre o choque e a empolgação, pensando em todas as possibilidades. Mas como diz o ditado, “quem vê cara não vê coração”, e apesar dos dois milhões na conta, meu coração batia mais devagar que carroça de tartaruga na subida.

Decidi que o melhor seria procurar o gerente do banco e esclarecer aquele enigma. E não é que a resposta veio mais rápida que entrega de pizza em noite de jogo do Brasil? Era um erro, claro, um mero equívoco digital, uma falha que fez meus sonhos de riqueza virarem pura ilusão, mais ilusória que promessa de político em época de eleição.

Saí do banco mais leve que balão murchando, com um suspiro de resignação. Mas uma coisa é certa: por alguns momentos, me senti mais rico que Rockefeller no Carnaval de Salvador. Afinal, sonhar com dois milhões é de graça, né? Quem sabe um dia…

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