O último romântico que ainda habita este planeta é uma verdadeira relíquia em extinção, um espécime raro perdido em meio ao caos moderno. Enquanto o resto da humanidade se rende aos aplicativos de namoro e às paqueras virtuais, esse ser iluminado persiste em suas crenças de galanteio à moda antiga.
Ele é aquele que ainda envia cartas perfumadas em papel pautado, declarando seu amor com palavras escritas à mão, enquanto o mundo ao redor se comunica em mensagens de texto abreviadas e emojis. Suas serenatas à luz da lua são uma tentativa desesperada de manter viva a tradição dos amores cantados, mesmo que os vizinhos reclamem do barulho.
O último romântico é capaz de surpreender com gestos grandiosos, como espalhar pétalas de rosas pelo chão ou organizar um piquenique à luz das estrelas. Ele ainda acredita no cavalheirismo, abrindo portas e puxando cadeiras como se estivesse em uma cena de época, enquanto o resto do mundo mal se lembra de cumprimentar com um simples “oi”.
Mas não se engane, sua abordagem antiquada muitas vezes o coloca em situações constrangedoras. Ele pode tentar impressionar com uma dança de salão, apenas para descobrir que seu par só conhece os passos do funk carioca. E suas tentativas de declaração de amor podem soar mais como citações de poesia romântica do que como palavras genuínas do coração.
Apesar de todas as adversidades, o último romântico persiste, navegando contra a correnteza da modernidade em busca de um amor verdadeiro e duradouro. Talvez ele seja uma espécie em extinção, mas, enquanto houver uma faísca de esperança nos corações apaixonados, ele estará lá, mantendo viva a chama do romantismo em um mundo cada vez mais cínico e pragmático.