A volatilidade emocional é uma característica marcante do cotidiano brasileiro. Num piscar de olhos, passamos de um estado de tranquilidade zen para um nível de estresse que nem mesmo o Buda explicaria. É quase uma arte: a capacidade de navegar entre o extremo da fofura e o ápice do “Deus me livre”. E, claro, tudo isso com uma boa dose de humor, porque nada é tão sério que não possa ser rido.
Essa transição rápida é tão comum que até as expressões faciais acompanham. O semblante sereno de um bebê logo se transforma em uma carinha de “não sei o que está acontecendo, mas estou preocupado”. E esse é o verdadeiro espírito do brasileiro: a habilidade de se adaptar emocionalmente a cada situação, com um toque de drama e uma pitada de comédia. Afinal, rir das nossas próprias oscilações é o que nos mantém sãos nesse mundo caótico.