Onde a cada dia parece que inventam uma nova emoção

Onde a cada dia parece que inventam uma nova emoção

Ah, o cotidiano brasileiro! Onde a cada dia parece que inventam uma nova emoção. Se o filme “Divertidamente” fosse ambientado no Brasil, teríamos um painel de controle emocional digno de uma novela das oito, com personagens lidando com o caos do transporte público, os boletos que nunca param de chegar, e aquela vontade quase irresistível de largar tudo e se tornar um eremita no meio do mato.

Essa nova emoção, que muitos chamariam de “Síndrome de Sá Monella” (sim, é um trocadilho!), é aquela vontade incontrolável de pegar a primeira jangada disponível e navegar para uma ilha deserta, longe de qualquer sinal de civilização e, principalmente, do chefe chato que insiste em te mandar mensagens no grupo do trabalho no domingo à noite.

É a sensação de ver as redes sociais bombando com notícias desanimadoras e pensar: “Será que eu sou parente de algum bicho preguiça e posso hibernar até 2050?”. É rir para não chorar ao receber a conta de luz, que está mais alta do que suas expectativas de vida.

Ah, essa nova emoção, tão genuinamente brasileira, poderia até ganhar um nome científico, algo como “fugidastotalis urgentis”. Porque, convenhamos, às vezes a melhor estratégia é dar uma sumida estratégica, nem que seja para o banheiro, para fugir das responsabilidades e meditar um pouco sobre a vida, com o som relaxante da torneira pingando.

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