No Brasil, é quase uma arte perder amizade

No Brasil, é quase uma arte perder amizade

No Brasil, é quase uma arte perder amizade. Às vezes, parece que temos um manual não escrito de como transformar uma amizade de um mês em um rompimento digno de novela das nove. E não é qualquer novela, é aquela bem dramática, com direito a “você me decepcionou” e “não posso contar com você”.

A vida moderna trouxe novos critérios para julgar amizades. Antigamente, as pessoas cortavam laços por motivos sérios, como traição ou desonestidade. Hoje em dia, basta você não responder a mensagem no WhatsApp em tempo recorde ou, pior ainda, deixar de curtir a foto mais recente no Instagram. Nada diz “não sou seu amigo” mais do que um emoji não enviado na hora certa.

E o que dizer das expectativas? Conhece a pessoa ontem e já espera que você esteja disponível 24/7, como se fosse um aplicativo de fast food. “Você não estava disponível para sair às 3 da manhã numa terça-feira? Adeus!”

O lado positivo de tudo isso? Ganhamos tempo. Tempo para entender que amizades verdadeiras são construídas com paciência, compreensão e um toque de loucura saudável. Então, se alguém te bloquear porque você estava ocupado, talvez seja um sinal de que a vida está te dando um tempo extra para gastar com quem realmente importa.

No fim das contas, a vida é curta demais para levar a sério esse tipo de drama. Melhor rir das situações e seguir em frente, porque, como diz o ditado brasileiro, “quem não tem colírio, usa óculos escuros”. E quem não tem paciência para amizades dramáticas, segue a vida com um sorriso no rosto e um pouco mais de paz no coração.

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