Não há ser humano que confie menos em alguém do que o brasileiro confia nos aplicativos de previsão do tempo. É como um relacionamento tóxico: você sabe que vai se decepcionar, mas insiste em acreditar. A promessa de um dia ensolarado e perfeito é sempre interrompida pela realidade – uma chuva torrencial que surge sem aviso, como um convidado que aparece na sua festa sem ser chamado.
O mais impressionante é que, no Brasil, a meteorologia não se contenta em errar apenas nas horas. Ela erra no dia, no local e até na estação do ano. Quem nunca saiu de casa com óculos de sol e chinelo, confiando na previsão de céu limpo, e voltou encharcado, parecendo ter participado de um desafio de TikTok? Ou pior, aquele dia em que você resolve levar o guarda-chuva só para ele passar o dia de folga na sua bolsa, enquanto o sol frita a sua testa.
Mas a parte mais dolorosa é que o app nunca se desculpa. Ele simplesmente atualiza a previsão como se nada tivesse acontecido. “Ah, a chuva? Sempre esteve prevista, você que não viu direito.” É quase um gaslighting meteorológico. No fim, só resta a resignação. E, claro, a promessa vazia de nunca mais confiar nessa traição tecnológica. Até a próxima vez.