O brasileiro tem esse talento especial de romantizar tudo. Até casamento de 55 anos. A gente vê um casal idoso de mãos dadas na fila da farmácia e já quer tatuar a palavra “amor” no pulso, com uma pomba branca e dois coraçõezinhos voando. Mas a verdade, minha gente, é que por trás de cada “bodas de esmeralda” pode ter uma coleção de “engoli seco”, “fingi que não vi” e “respirei fundo e fui lavar a louça”.
A geração raiz não tinha terapia, podcast sobre relacionamento saudável nem canal no YouTube ensinando a dizer “eu mereço mais”. Tinha, no máximo, uma vizinha fofoqueira e uma mãe que achava que o importante era “manter a família unida, mesmo que fosse na base da reza, óleo ungido e cara amarrada no almoço de domingo”.
Hoje, se o Wi-Fi cair por 10 minutos, o povo já cogita divórcio. E tá certo! Porque amor bom é aquele que te faz bem, não o que te transforma em campeão mundial de engolir sapo sem fazer careta.
Justamente por ter quem passe a mão na cabeça é que não tem nada que dure hoje em dia! qualquer coisa, volta para a casa dos pais levando um Enzo e depois arruma outro homem, para colocar mais filhos no mundo, sem nem mesmo ter onde cair morto.