Na Suécia, o carrinho de compras vem com mapa, bússola e talvez até GPS. No Brasil, o máximo que o carrinho oferece é uma roda torta, um barulho suspeito e a emoção de tentar empurrar aquilo em linha reta sem derrubar o arroz. Lá, o cliente se orienta por coordenadas; aqui, a gente se guia pelo faro do pão francês e pela lembrança vaga de onde ficava o sabão em pó antes da reforma.
E ainda tem gente que acha que esse mapa daria certo no Brasil… Mal sabem que o brasileiro se perde até dentro do próprio bairro. Imagina no mercado, tentando entender o “Hälsovård” achando que é o corredor de salsicha. A verdade é que, por aqui, o mapa seria inútil: o brasileiro vai ao mercado com lista e volta com tudo, menos o que estava na lista.