Comprei um curso de natação online, achando que ia me transformar no Aquaman em poucas aulas. Comecei a treinar em casa, na sala, fazendo movimentos aquáticos que mais pareciam uma mistura de dança com contorcionismo. Eu era o Michael Phelps da minha própria sala de estar.
Depois de semanas de treino intensivo com meu instrutor virtual, que tinha um sotaque meio duvidoso, finalmente decidi testar minhas habilidades na vida real. Cheguei radiante na piscina, pronto para impressionar a todos com meu estilo livre aprimorado.
No momento em que entrei na água, percebi que minha experiência online não tinha me preparado para a correnteza, as ondas e, principalmente, para a falta de um botão de pausa na vida real. Minha elegância foi por água abaixo, literalmente.
As pessoas na piscina me olhavam como se eu fosse uma sereia recém-descoberta, mas não pela minha graça e destreza, e sim porque estavam preocupadas que eu precisasse de um salva-vidas de emergência.
Quando tentei reproduzir o tal “nado de borboleta” que aprendi no curso, mais parecia um frango tentando voar. As crianças me olhavam curiosas, perguntando para os pais se era um novo tipo de show aquático.
Resultado: saí da piscina com mais água nos pulmões do que habilidades de natação. O curso online podia até ter me ensinado a imitar um peixe no chão da sala, mas nadar de verdade na piscina era um capítulo à parte. Conclusão: meu próximo curso será de primeiros socorros aquáticos.
