Quando a mulher envia um texto extenso e você resume com “é complicado”, parece que você ativou automaticamente o modo “simplifica tudo” do cérebro masculino. É como se a complexidade das palavras se transformasse em um enigma do qual só existe uma resposta: “é complicado”.
Enquanto a mulher despeja pensamentos, sentimentos e detalhes minuciosos em forma de palavras, o homem ativa seu superpoder de síntese e entrega a conclusão embalada em duas palavras simples. É quase como se fosse uma versão resumida do manual de instruções emocionais.
Na mente masculina, o “é complicado” é a resposta universal, uma espécie de atalho para evitar a necessidade de processar informações complexas. É uma técnica que tem raízes profundas na arte da comunicação minimalista masculina.
E enquanto a mulher esperava uma análise profunda e uma resposta sensível, o homem estava lá, no modo “é complicado”, imaginando se existe uma versão resumida para o próprio resumo. Talvez algo como “tl;dr” (muito longo; não li).
A verdade é que o “é complicado” se tornou um lema, uma filosofia de vida. Pode ser aplicado a qualquer situação, desde escolher um restaurante até explicar por que esqueceu de tirar o lixo. É versátil, é prático, é a resposta que cabe em qualquer ocasião.
E assim, na comédia da vida cotidiana, o “é complicado” torna-se a linha entre o entendimento simplificado e a intricada complexidade das emoções. Porque, afinal, na arte da comunicação, às vezes, a simplicidade de duas palavras é a resposta mais complexa de todas.