Os jovens de hoje em dia vivem um dilema curioso: sonham com a liberdade de morar sozinhos, longe do estresse causado por pais e família, mas mal sabem eles que a vida independente vem com bônus inesperados. Trocar a bronca dos pais pelo alarme do despertador que nunca desliga sozinho, ou substituir a comida caseira pela habilidade de transformar miojo em arte culinária, é um desafio.
Quando finalmente conquistam a tão sonhada liberdade, descobrem que os boletos têm um talento especial para multiplicar-se na gaveta. A independência também traz a responsabilidade de cuidar das próprias roupas, e é aí que percebem que não existe varal automático. E o terror do chuveiro elétrico que desarma no meio do banho? Faz qualquer sermão parecer um carinho.
Ah, a ironia da vida adulta! Se antes era a mãe reclamando da toalha molhada na cama, agora é a ausência de uma mãe reclamando que faz falta. Porque, convenhamos, ninguém avisa que o leite acabou de uma forma tão irritantemente precisa quanto os pais. Mas os jovens seguem firmes, na missão de provar para si mesmos que podem sobreviver sozinhos, enquanto, no fundo, suspeitam que morar sozinho é um jeito sofisticado de trocar um tipo de estresse por outro, com um toque de liberdade e muitas risadas.